Hoje perco o medo de dizer teu nome, mesmo sabendo que anda
de mãos dadas com a memória e em um assalto nos toma todos os sentidos, faz da
ampulheta tua filha, que lhe serve bem. Nesse contemplar tua face, as dores
parecem mais forte que amores: São os que dormem fora desse mundo, os que se
encontram em distantes espaços geográficos, pedaços de sentimentos em forma
humana que apelidamos como paixão até amor, em fluxo contínuo, tudo passa por
ti.
Sem remorso você então bate sempre a porta, pedindo entrada
me dizendo: - o que seria do homem sem minha presença?
Ainda pensativo e incerto se te quero aqui, respondo: - tem
razão SAUDADE.
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