No meu oscilar busco de alguma maneira não me distanciar,
Tento manter as promessas que geralmente foram ditas com o sumo nos olhos,
Questiono com certo pesar, sobre a imutabilidade da alma,
De algum modo acionamos essas tantas trancas internas,
Onde guardamos com esmero essa dor que aflige e parece necessária,
Assim adormecemos para que o tempo não consuma o fio de vitalidade que restou,
Tais momentos são longos, processuais, a tomada de decisões racionais não acompanha o desejo,
O flerte com o prazer toma força, somos abusados, ensandecidos pelo fulgor e enfim nos entregamos.
Logo após somos traídos pela própria alma que quer viver estavelmente e livre de suas tantas culpas...
Maio de 2012.
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