terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Morpho
Todos vocês me são necessários para que entenda a forma que o mundo é,
Mesmo os que já foram levados ou que adormeceram, ecoam vozes em mim, para guiar minha rota terrena,
A voz invisível, a crença do ventre também é meu norte, o lugar que me dá forças para caminhar,
Os visíveis e invisíveis, a fé e razão, os amores passados, presentes, futuros e atemporais.
Compõem a mescla rara que sou, esse apanhado de memórias, de vozes, de sons audíveis, o tato, a linha cronológica.
Em cada poro, uma palavra, em cada pensamento, um recordar, sou feito de significações, sou um molde de infinitas possibilidades,
Posso ser lagarta-borboleta e me fechar em casulos quando quiser,
Sou diamante-carvão, lapidado pelo tempo ou apenas pedra para ser queimada,
Sou a tríade de estados, o líquido que lhe envolve, o gasoso que te sobe as narinas, afeta seus sentidos, sou sólido, o toque macio ou o tapa brusco que te fará acordar.
Sou estação de sensações, sem calendário fixo, te farei suar ou apenas recolher-se com o mais denso frio.
Sou assim o óbvio que você acha que já leu, mas no fundo ainda ficará atordoado quando entender que na verdade qualquer leitura não caberá em mim...
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